terça-feira, 24 de junho de 2008

Isto é uma obra de ficção. O resto é mera coincidência.

Não sabemos ao certo o que nos tomou quando vimos a cena ao lado. Brasília azul calcinha e uma latrina branquinha, novinha, ainda sem os borrões de seu ofício. Será?
Bem, o Rê resolveu fotografar. Olhamos um para o outro e dissemos: Depois decidimos o que é.
Ser é uma questão de invenção e não de pensamento ou de existência material. Veja a história da América Latina. Um continente inventado por volta das viagens de Colombo e Américo. Inventado sim, pois existir, ele já existia. Tinha terra, tinha indígenas, tinha uma série de outras coisas que já o permitiam entrar para o rol dos "existentes". Então, depois, quando voltamos ao nosso animado lar, fomos inventar a Brasília com a Latrina. Enfim resolvemos que a imagem nos chamou a atenção pela nomenclatura. Brasília e Latrina. Nomes portentosos e que designam coisas inventadas. Brasília é uma cidade inventada e enfiada no meio do planalto central onde habitam pessoas que inventam a política do país. A Latrina é por onde escorre o que os habitantes de Brasília não puderam consumir em termos de vitaminas, proteínas e sais minerais e que não servem mais para seus corpos políticos. Pela Latrina DA Brasília escorrem bons projetos para mudar o país e acalentar uma situação iniciada por Colombo, Vespúcio, Cabral e outros aventureiros. É na Latrina DE Brasília onde se rabiscam tantos outros que podem vir a parar na Câmara ou no Senado.
Bem. Solucionada a relação Brasília x Latrina, só nos restou ficar com o Azul. O céu daqui é inebriante, é laxante, você olha pra cima e esquece de tudo que se destina ou que é nascido em uma Latrina Brasília.






quarta-feira, 4 de junho de 2008

Coisas de Brasília...

Como toda boa grávida que se preze, Juju vai ao banheiro a cada 5 minutos. Segundo os médicos, a retenção de líquidos, o crescimento da placenta e da(o) fofolete faz com que a bexiga seja esmagada num canto qualquer do barrigão.
Como era de se esperar, em um simples restaurante "à kilo" na Asa Sul, perguntou:
- Moça, tem toalete?
Ela, vestida com aquela touca branca e com um boné verde - marca do restaurante, olhou desconfiada e respondeu um pouco titubeante:
- Tem, não.
Desde que chegou por aqui, nunca entendeu esta resposta. "Oras, tem ou não tem?" Primeiro uma afirmação que nos causa felicidades por alguns milésimos de segundo; depois, a negativa. Derradeira.
Mesmo assim, resolvou insistir...
- E banheiro?
- Isso sim! É logo ali, ó - e apontou seu dedo em direção a um corredor