quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Até que fico bem em espelho de aeroporto...




Antes de embarcar em mais um vôo para Brasília, vou ao banheiro. Lavo as mãos rapidamente antes de voltar ao saguão. Seco-as, ajeito a mochila das costas e ando em direção à saída. É nesse momento que dou uma rápida olhada no espelho para ver como estou. Nada muito fora do comum é revelado pelo espelho, a não ser pela reflexão que ele pode causar.
Volta de viagens, passando por aeroportos são sempre cansativas. Sobretudo, por que a volta é a vitória da missão cumprida, é o último sopro de uma atividade que fica pra trás. Seja ela de férias, ou de trabalho, o momento da ida ao banheiro antes do embarque é um símbolo de desfecho, um ciclo que se encerra.
Nesse sentido, é também um momento de cansaço acumulado que, agregado à tensão do momento aeroportuário, culmina em uma aparência nem sempre prazerosa.
Veja: Na ida, para qualquer missão, me produzo. Combino roupa adequada à viagem com a atividade que realizarei no destino. As malas vão ajeitadas. As coisas dobradas, os fios de eletrônicos enrolados, o cabelo no jeito, e os óculos completamente limpos. Já a volta, com sua vocação de término, não tem tanta sorte. Nela, o missionário cansado, leva menos volúpia, menos beleza e menos organização. A roupa é aquela que sobrou limpa. Os fios vão todos engruvinhados na mochila e o cabelo já esbanja oleosidade devido ao tempo sem usar um xampu adequado.
Na volta, estão destacados cada defeito aparente como um troféu que se carrega dos momentos que foram vividos no destino.  Eu uso calças apertadas pois as que serviam melhor foram utilizadas no destino e não houve como lavá-las. A camiseta está um pouco amassada pois foi a única que permaneceu na mala durante toda a missão. Claro, ela não é exatamente a mais bonitinha eu tenho. A roupa da volta nunca é escolhida. Ela é a que sobrou, a que foi possível conservar. Acho que não deve haver gente que saia de casa pensando no aspecto da volta... O cabelo reflete a umidade característica que, com certeza, supera em muito, a umidade brasiliense. E assim vai, cada quesito fora do lugar ou desviado de sua aparência primeira, carrega o histórico de qualquer dos aspectos da missão que finaliza-se neste banheiro. Quer dizer, neste vôo.
No meu caso, a missão foi complexa. Ela envolveu trabalho e diversão. Cidade, campo e praia. Frio e calor. Chuva e sol. Muitos dias de incontáveis situações que exigiram cada qual uma vestimenta, um comportamento, uma atitude. Tudo isso exaure, sabe?
No entanto, saber que tudo que se viveu, que se aprendeu, e poder estar ali, voltando para poder contar e refletir sobre, é interessantíssimo. Saber que as peças de roupa, juntamente com o cabelo, com a mochila e com o tom da sua pele refletem um cansaço resultado de “missão cumprida” é extremamente prazeroso. Exibir um resultado de aparência esteticamente débil e fatigada é como carregar a história do que se viveu em cada detalhe de desagrado aparente, é como ter registrado em cada canto de descompasso estético frases que compõe uma história rica que tem ali, um “the end”. Quando tudo isso está condensado em segundos resultado de uma mirada rápida no espelho do aeroporto, é melhor ainda.
Nesse momento, depois da revelação, e da tomada de consciência da importância daquele espelho do banheiro da sala de embarque, é que me sinto ainda mais em paz. Afinal, depois de tudo, até que eu não fico mal em espelho de aeroporto...


Renato Bock

sábado, 15 de janeiro de 2011

Férias 2010 - 2011




Lararirarará saiu em férias. Carregou sua família para aventuras na terra, água e ar. Teve farra na praia, forrobodó na chácara e festas na megalópóle. Além disso,  teve o anúncio de que ela terá um irmãozinho. O Gajo foi apresentado à família via presente dado aos avós. O menino já percorre o seu 4º mês de gestação e está se desenvolvendo bem. 

Acompanhe em imagens, todas as aventuras da Família em:

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Beijos,


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