domingo, 27 de abril de 2008

BBB

Em manhã de gala o casal ReJuntiano dirigiu-se para a primeira ecografia. Na cidade das grávidas várias barrigas se espremiam em uma sala minúscula. Secretarias tentavam organizar a Barrigaria. Proto-Pais concorriam irrequietos com as barrigas na luta por uma coordenada geográfica para sentar. Diante do latente ambiente de reprodução humana o que os tornava iguais perante a situação era exatamente a virgindade. Não que seus filhos sejam do Espírito Santo, não. A virgindade emanava dos DVDs que a maioria deles carregava em suas mãos.

O Renato, como um dos iguais perante a situação, também portava o seu.

Assim, o procedimento se faz: As barrigas entram na sala da ecografia, vestem roupas especiais, deitam na cama e o show começa. Imagens televisivas em três dimensões, som estéreo e um operador falando coisas incompreensíveis. Enquanto isso, o tal DVD registra tudo para a posteridade. Grava cada ronco do motor humano, cada célula intra-uterina. Os pais e mães emocionam-se no catártico e midiático movimento da vida.

É realmente emocionante receber a notícia dos 1,2 cm de vida encrustrado no saco gestacional e ouvir, em estéreo e bom som, o coração que pulsa a 150 batidas por minuto. Um momento de emoção forte em tempo reduzido.

Tudo no script com o casal ReJuntesco a não ser pelo fato de que o Rê tem um crise ética, filosófica e midiática e não consegue fornecer o DVD para o espetáculo tornar-se reproduzível.

Hoje em dia, o fim de nossa liberdade começa ainda dentro do útero. As entranhas femininas são devassadas por uma equipe de jornalismo intra-uterina ávida por respostas de seu entrevistado. A sociedade do Espetáculo do Guy Debord manifesta-se na sua forma mais viva. Nesse momento o Rê sentiu que seu embrião participava do mais novo reality show. O Big Brother Intra Uterino.

Resguardando-se da Pós-modernidade implacável, o momento não foi menos emocionante ou curioso. Ouvir um coração batendo dentro do útero de seu par não deixa de ser uma aventura inenarrável. A única coisa diferente é que esse momento ficou ali. Resguardado pelo tempo e por aquela coordenada geográfica. Não contém reprodutibilidade...



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domingo, 20 de abril de 2008

Vem aí mais um campeão de audiência

A nova novela ReJuntiana se passa em Brasília e terá como personagens principais o Rê, a Ju, o Fusca (Jeca) entre outros atores de envergadura galáctica. O 10º ano de história juntos revelará uma nova fase da vida do intrépido casal. Para comemorar a década Rejuntada os dois resolveram verificar como seria acrescentar ao grupo, expandir os negócios, enfim, aumentar a quadrilha. A nova novela trará um personagem que ainda é um conglomerado de células de 4 mm, mas que será chave no desenrolar da trama.

Com a Lotação Esgotada desde a concepção, a série é mais um produção dependente das organizações ReJunte.




Acompanhe, neste canal, el embarazo ReJuntiano!





Rejunte: 10 anos com você!







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domingo, 13 de abril de 2008

Lifting do Fusca


Lá vai mais Fusca. Ele passou por reformas de base. Enfrentou Liftings estruturais. Trocou, soldou, martelou e desamassou. Agora passarmos à parte estética. Aplicaremos a cor Verde Caribe de código L1678 (para quem quiser descobrir qual é). Essa cor é original do ano de 1968. A composição dela é:











terça-feira, 8 de abril de 2008

Reportagem publicada no Site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em 07/04/2008

A quintessência da Esplanada

por Eduardo Antonio Lobo Filho - 07/04/2008 11:23


Renato Bahia Bock tem cara de poeta e fala como um. O toque do telefone dele também parece de poeta. Apesar do status e da alma de artista dos versos, no MDS Renato é colaborador da SENARC e partiu dele a iniciativa de criar um grupo que troca poesias às quintas-feiras. Assim tiveram início as atividades do Quinta Poesia, um grupo em constante crescimento, que hoje conta com 36 pessoas, todas trocando belas palavras dos mais diversos autores e estilos, para quebrar a formalidade do dia-a-dia.

Renato coordena o grupo Quinta Poesia, que conta com 36 particiapantesQuando vivia em São Paulo, um funcionário da empresa em que Renato trabalhava começou a mandar poesias via e-mail para o pessoal do setor. Renato veio para Brasília como funcionário da mesma empresa e o único contato que tinha com os colegas paulistanos eram as poesias que trocavam uma vez por semana. Depois que veio para o MDS, ele passou a conversar sobre a frieza e formalidade da Esplanada dos Ministérios com o amigo Silvio Garcia, da Secretaria-executiva. Silvio falava em um “movimento por uma Esplanada mais humanizada, que suavizasse o árido dia-a-dia dos “esplanados” que aqui trabalham, nem que fosse somente por alguns momentos”. Renato falou então da falta que a troca de poesias fazia e de como isso colaboraria para o pretenso movimento.Pelo visto, a fórmula paulistana deu certo na versão brasiliense. Renato explica que o grupo não tem regras rígidas, e que só participa ativamente quem quer. “Quando entram no grupo, as pessoas me perguntam se cada um tem que mandar poesias sempre, se tem regras... Eu respondo que não; é um grupo livre para pensar, para fazer. Ninguém é obrigado a nada.”Ana Amélia da Silva é colaboradora da SENARC e participa do grupo desde que os poemas começaram a ser trocados, em agosto do ano passado. “Sempre que estou inspirada, mando alguma coisa. Adoro poesia e é bom compartilhar isso com os outros, além de poder conhecer outras obras novas”. Ana conta que autores como Drummond e Neruda são presença constante no grupo, mas há também aqueles que mandam obras de autoria própria. Todas as quintas-feiras, Renato dá o ponta-pé inicial e envia uma poesia para o grupo. A partir daí, os membros vão lendo e respondem com outros poemas de sua preferência nos dias seguintes. Tem gente que manda música, outros mandam textos, frases de efeito. Isso prova que, de fato, o grupo não obedece a regras. Quem quiser fazer parte do grupo Quinta Poesia, basta entrar em contato com Renato e esperar quinta-feira para ajudar, segundo ele, a diminuir a aridez da Esplanada.

O bem vence o mal,
Espanta o temporal.
O azul, o amarelo,
Tudo é muito belo!
*Gorpo

Poema enviado ao Quinta Poesia por Ana Amélia da Silva

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